A governança é viva e mais do que nunca as habilidades humanas serão requisitadas

Participei da 7ª edição do Seminário de Finanças e Governança Corporativa promovido pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa Capítulo Paraná, em parceria com o IBEF Paraná.

Esse foi mais um daqueles eventos extraordinários de onde saímos cheias de reflexões e inspirações. Foram quatro painéis que nos instigaram a refletir sobre as questões emergentes no dia a dia das organizações.

No primeiro Painel “Diálogos sobre Práticas Sustentáveis nos Negócios”, mediado por Marcelo M. Bertoldi:

Sônia Hess, absolutamente inspiradora contando sobre a trajetória de família empresária e do quanto ela sempre gostou de “cuidar de gente”. Compartilhou vários desafios na governança e na gestão da empresa enquanto era gerida pela família.

Victor Curi trouxe o case do EBANX e os vários desafios e ajustes no sistema de governança na medida em que conquistam novos mercados. A materialidade que foi feita há dois anos está prestes a ser revisada, demonstrando o quanto essas ferramentas são vivas.

No segundo painel “Caminhos para a Excelência Ética” mediado por Nereu Domingues:

JELSON OLIVEIRA contribuiu trazendo diferentes formas de vermos o quanto a ética permeia (grifo meu: e deveria permear ainda mais) o dia a dia da sociedade, em nossas organizações, pois tem a fundamentação na ciência das relações, do agir humano.

Marcelo Gomes deu continuidade trazendo na prática as questões éticas que envolvem investigações dos mais diferentes crimes dentro das organizações, bem como a importância de cuidar, zelar e tratar as informações que chegam nos canais de denúncia nas organizações.

No terceiro painel “As Tendências que Irão Transformar os Mercados e os Negócios”:

Gil Giardelli trouxe inúmeros apontamentos sobre as tendências que impactarão as sociedades num curto e médio prazo. Destacou que o mundo BANI e mundo VUCA já ficaram para trás, o olhar se volta para as habilidades e competências voltadas para os 3´s: “S – Science, Society and Spirituality”. Além disso, compartilhou algumas das inovações radicais que estão entrando em operação em breve. Por fim, a importância de desaprender, mudar o padrão de nossos modelos mentais frente a um “Capitalismo Sem Capital com a ascensão da Economia do Intangível”. E parafraseando Ada Lovelace, que ele mesmo trouxe como inspiração, encerrou sua participação deixando-nos em “encantador estado de confusão”.

“O iletrado do século 21 não será aquele que não sabe ler e escrever, será quem não sabe aprender, desaprender e reaprender”. (Alvin Tofler)

No último painel “Perspectivas Macroeconômicas para 2024”, moderado por Charles Mazutti:

Marcelo Cioffi, destacou diversos dados no recente relatório da PwC Brasil com as preocupações dos CEOs frente a tantos desafios de toda ordem. Dentre elas, dados que demonstram o quanto as questões climáticas já ocupam a pauta e ganham ações efetivas e passam a constar nas estratégias das empresas. Outros temas que passam a ocupar a agenda dos CEOs são: segurança cibernética, cuidados em divulgar desinformação, responsabilizações legais, riscos de reputação, preconceito em relação a grupos específicos de consumidores ou funcionários. Por fim, não há dúvidas de que a tecnologia e as mudanças climáticas devem sim entrar no planejamento estratégico das organizações (grifo meu: de todas as organizações, públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos).

Marcos Troyjo abriu sua fala já contextualizando uma cena, cenário, um palco… explicando que “a vida do profissional da governança se molda no contexto histórico, na trama histórica, um grande cenário”. É isso mesmo! Comentou que vivenciamos uma era da incerteza, do impacto, dos extremos… uma era da policrise. De um lado policrise, de outro polioportunidades. Destacou que para além do ESG ser financeiro, ele é estratégico. Por fim, deixou como provocação as novas posturas para empresas e profissionais: RE-invenção contínua do talento; RE-capacitação; RE-treinamento; RE-desenho das cadeias globais de valor. Devemos nos esforçar para a “boa” governança na competitividade global.

Saí de lá confirmando a certeza de que sim, a governança é viva e mais do que nunca as habilidades humanas serão requisitadas. Mais do que nunca precisaremos de cientistas, engenheiros, especialistas em pessoas nas mais diversas áreas, para juntos desenvolvermos novas habilidades que ainda nem imaginamos que existam.

Parabéns mais uma vez Janete Anelli e todo time que nos presenteou com um evento memorável. Destaque para querida Carolina Ignarra que conduziu todo cerimonial com imensa maestria e leveza.

Os palestrantes nos deixaram contribuições genuínas e muito atuais sobre ações necessárias em prol da ética, governança e sustentabilidade. Eu saí com a sensação de ver renovadas as esperanças e com o chamado de que há muito a ser feito! Avante!

E, é claro, foi um momento de encontrar (e conhecer) muita gente boa!

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